Como investir melhor mesmo em um cenário econômico complexo?

Investir é um assunto sério, e a busca por melhores retornos pode ser desafiadora para muitos investidores. A complexidade do ambiente econômico, a infinidade de opções disponíveis e a forte propaganda em redes sociais são fatores que contribuem para a dificuldade de investir de forma consistente e bem-sucedida.

O que não fazer quando falamos de investimentos financeiros?

Com a facilidade da alavancagem — ou seja, o uso de recursos extras para comprar e vender ativos no mesmo dia —, o day trade tem atraído muitos investidores que tentam multiplicar seu patrimônio no curto prazo.

Entretanto, um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que 99,4% dos investidores na modalidade têm prejuízo e desistem. Os prejuízos tendem a gerar problemas que vão além dos financeiros, já que as altas alavancagens superam o patrimônio do próprio investidor. 

Quando não estão focados a investir no curtíssimo prazo, os investidores buscam acertar os movimentos de curto prazo, buscando se posicionar e entrar no momento exato de baixa para maximizar seus ganhos.

Outro estudo, desta vez da Charles Schwab, simula aportes anuais de US$ 2 mil para três investidores por 20 anos no S&P 500 (a bolsa dos Estados Unidos), considerando três perfis de investidores: 

  • Peter Perfeito (acerta o menor ponto de cada ano, o chamado de Market Timing);
  • Ashley Simplista (que investe no primeiro dia de cada ano o valor recebido, sem tentar prever o mercado);
  • Rosie Azarada (que tem o timing ruim e investe sempre no topo de cada ano).

Com o período simulado de 2003 a 2022, o Peter perfeito, obviamente, teve a melhor performance, com rentabilidade de 126,7%. Em segundo lugar ficou a Ashley simplista com 99,5%, e por último a Rosie azarada com 75,3%.

No entanto, acertar o Market Timing de forma consistente, como fez Peter na simulação, é impossível na prática. Muitos investidores tentam essa estratégia e acabam com resultados muito inferiores ao esperado.

Retorno passado não é garantia de retorno futuro

Ao analisar o passado, é comum identificarmos ativos com desempenhos excepcionais e sentirmos arrependimento por não termos investido neles. Porém, a lista dos melhores investimentos muda a cada ano, e o ativo que se destacou no ano anterior não necessariamente será o líder no próximo, conforme demonstra a tabela abaixo:

Fonte: Quantum Axis

Seguindo uma lógica semelhante ao estudo da Charles Schwab, simulamos aportes anuais de R$ 2 mil a partir de 2011 para dois perfis de investidores:

  • O investidor que olha para o melhor do ano anterior, investindo 100% nesse ativo no ano seguinte.
  • O investidor que mantém uma carteira diversificada, distribuindo o capital de forma igual entre os nove ativos da tabela (com peso de 11,11% para cada um).

Resultado da simulação:

O investidor que olhou apenas para o melhor do ano anterior, ou seja, se baseou nos retornos passados, obteve rentabilidade de 131,6% nos 14 anos simulados, o que equivale a 6,2% anualmente.

Já o investidor que seguiu um plano de investimentos, neste caso com pesos iguais, rentabilizou sua carteira em 253,8%, equivalente a 9,45% ao ano.

Além da rentabilidade superior, a diversificação também resultou em menor risco. A volatilidade da carteira diversificada foi de 4,3%, enquanto o investidor que se baseou em retornos passados enfrentou uma volatilidade muito maior, de 13,9%.

Sabemos o que não fazer, mas então, como investir melhor?

Os exemplos anteriores reforçam a importância de seguir um plano de investimentos sólido e consistente, evitando decisões baseadas em impulsos ou previsões incertas.

Para ilustrar esse ponto, analisamos o desempenho do Ibovespa entre janeiro de 2003 e 12 de fevereiro de 2025, um período de 6.309 pregões. Nesse intervalo, o principal índice de ações do Brasil teve uma valorização acumulada de 627,75%. Mas o que aconteceria com o retorno do Ibovespa se retirássemos as 5, 10 e 15 maiores altas diárias? 

Segue resultado abaixo:

Ficar de fora de apenas 5 dias dos 6309 dias (equivalente a 0,08% dos dias) significa ter um retorno de 308,8% ao invés dos 627,75% do período total. Ficar de fora de 10 ou 15 das maiores altas reduziria ainda mais os retornos.

Esse fenômeno é confirmado por um estudo da gestora norte-americana Vanguard, que mostra que 91,1% do retorno de um portfólio vem da alocação de ativos, enquanto apenas 8,9% está ligado ao market timing (tentativa de antecipar os movimentos do mercado).

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Escrito por: Carlos Magno Chareta, Analista de Investimentos Sr. na Unicred.

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