O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu subir, na noite desta quarta-feira, a taxa de juros básica da economia (Selic) em 1 p.p. levando a Selic para 12,25% a.a.
A decisão teve como principal influência os riscos da desancoragem das expectativas de inflação, levando em consideração a pressão inflacionaria advinda do câmbio e da força acima do esperado da economia doméstica. A falta de mais detalhes e compromisso fiscal por parte do governo atual aumenta a volatilidade das expectativas de inflação e revisão nas projeções de juros.
A resiliência do mercado de trabalho pressupõe uma atividade forte motivando a pressão e as revisões da atividade econômica para cima.
O rearranjo global devido às possíveis tarifas adicionais no comércio internacional e fragmentação econômica dada a eleição do Republicano Donald Trump, adiciona risco à política monetária com estresse no dólar e fluxo negativo de capitais.
Com a decisão, os ativos de renda fixa, que apresentam taxas sedutoras, podem ser excelentes veículos de baixa volatilidade para o investidor mais conservador.
Dito isso, manter um plano de investimento, seguindo as suas necessidades de liquidez e risco continua sendo a melhor estratégia.