A dinheirofobia é o medo ou a aversão ao dinheiro. Superá-la exige autoconhecimento, educação financeira e, em casos graves, apoio profissional.
O termo "dinheirofobia" pode parecer estranho à primeira vista, mas reflete uma realidade mais comum do que imaginamos. Todos sabemos que o dinheiro é essencial no dia a dia, mas, para muitas pessoas, ele deixa de ser uma ferramenta para alcançar sonhos e se torna uma fonte de ansiedade, medo e até paralisia.
A chamada dinheirofobia, ou fobia financeira, é um bloqueio psicológico que impede as pessoas de lidar de maneira saudável com suas finanças.
Vamos entender as origens desse medo do dinheiro, como ele se manifesta no dia a dia e, principalmente, como superá-lo para alcançar uma saúde financeira que traga mais tranquilidade e bem-estar.
O que é dinheirofobia?
Os primeiros estudos sobre este distúrbio de comportamento foram realizados em 2003, por pesquisadores da Universidade de Cambridge. Eles descobriram que uma em cada cinco pessoas no Reino Unido sofre ou já sofreu de fobia financeira.
Essas pessoas apresentaram sintomas negativos ao gerenciar suas finanças, mesmo quando tinham uma renda maior. Metade delas relatou taquicardia, evitava verificar o saldo bancário e, em casos extremos, jogava fora boletos e extratos.
Engana-se quem pensa que este é um problema exclusivo do Reino Unido. Uma pesquisa da XP em 2020, que entrevistou 1.501 brasileiros, concluiu que quase metade dos participantes se sentia inseguro ao lidar com questões financeiras. Além disso, 40% relataram culpa e ansiedade em relação ao dinheiro, e 21% evitavam abrir os boletos.
Da mesma forma, uma pesquisa da Serasa Experian de 2021 também mostra que a dinheirofobia está presente entre os brasileiros. O estudo, realizado com 3 mil indivíduos de 10 países, revelou que os índices de estresse financeiro no Brasil são mais altos que a média global em mais de 10 pontos percentuais.
Muitos desses sintomas surgem na infância, quando a educação financeira é baseada nas vivências e discursos de pais ou responsáveis. Ouvir repetidamente frases como “dinheiro é sujo”, “dinheiro não traz felicidade” ou “quem tem muito dinheiro não é honesto” pode gerar uma visão negativa e até assustadora sobre as finanças pessoais.
Em casos extremos, esse medo pode se transformar em uma verdadeira fobia, prejudicando tanto a vida financeira quanto emocional da pessoa.
Como o medo do dinheiro pode afetar no cotidiano?
Como vimos, as consequências da dinheirofobia podem impactar tanto o bem-estar emocional quanto a saúde financeira das pessoas. Elas podem se manifestar em diferentes áreas da vida, como:
- Evitar tomar decisões financeiras: Pessoas com dinheirofobia costumam procrastinar decisões importantes, como investir, poupar ou até mesmo pagar contas, o que pode resultar em acúmulo de dívidas e dificuldades para realizar projetos de vida.
- Ignorar o orçamento: Em vez de enfrentar a realidade financeira, a pessoa prefere “não ver” seus números, o que pode levar ao descontrole. Evitar conferir o saldo bancário, não abrir faturas de cartão de crédito ou deixar de registrar despesas são exemplos comuns.
- Ansiedade constante: A preocupação excessiva com o dinheiro, mesmo quando a pessoa não está em uma situação de crise financeira, é outro sintoma. É comum que essa ansiedade se traduza em insônia, problemas de saúde e um impacto negativo nos relacionamentos, já que discussões sobre dinheiro são uma das principais causas de conflitos entre casais.
Como superar o medo de lidar com o dinheiro?
Superar o medo do dinheiro exige educação financeira, autoconhecimento, mudança de hábitos e, em alguns casos, ajuda profissional. Veja algumas estratégias que podem ajudar nesse processo:
1. Identifique suas crenças limitantes
Reflita sobre suas crenças em relação ao dinheiro. Que mensagens você ouviu ao longo da vida? Entender essas raízes é fundamental para superá-las. Reformule crenças limitantes com afirmações positivas para reprogramar sua mente e construir uma relação mais saudável com o dinheiro.
Uma boa prática é escrever suas crenças limitantes e, em seguida, reformulá- las com afirmações positivas. Por exemplo, se você acredita que “dinheiro não traz felicidade”, reescreva como “dinheiro é uma ferramenta que me ajuda a criar oportunidades e bem-estar”.
2. Eduque-se financeiramente
O conhecimento é uma das ferramentas mais poderosas para superar o medo. Ao aprender mais sobre finanças, você está no controle e capacitado para tomar decisões.
Uma dica é começar analisando seu orçamento pessoal, ou familiar. A Unicred disponibiliza gratuitamente a planilha de orçamento e controle financeiro para te ajudar nessa missão: acesse e baixe a planilha aqui.
Quanto mais você sabe sobre finanças, mais seguro se sentirá ao lidar com o dinheiro no dia a dia, diminuindo gradualmente a ansiedade.
3. Comece pequeno
Se o medo de encarar as finanças for muito grande, comece com pequenas mudanças. Em vez de tentar resolver todos os problemas financeiros de uma vez, defina metas simples e alcançáveis. Pode ser algo como revisar seus gastos semanais, criar um fundo de emergência ou automatizar o pagamento
das suas contas.
A cada pequena vitória, você ganhará confiança para enfrentar desafios maiores.
4. Busque apoio profissional
Em casos mais graves de dinheirofobia, buscar a ajuda de profissionais da área financeira pode ser muito útil. Um planejador financeiro pode ajudar a organizar suas finanças de forma mais clara e objetiva, oferecendo orientações práticas para atingir seus objetivos.
5. Reforce a importância do autocuidado
Por fim, é importante lembrar que o bem-estar financeiro está diretamente ligado ao emocional. Praticar o autocuidado, seja por meio de exercícios físicos, meditação ou hobbies, pode ajudar a aliviar o estresse e a ansiedade relacionados ao dinheiro. Enfrentar as finanças com uma mente mais equilibrada faz toda a diferença.
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