
Falar sobre dinheiro com crianças ainda é um tema delicado para muitas famílias. Mas quanto antes esse diálogo começar, mais preparados nossos filhos estarão para lidar com decisões financeiras com autonomia, responsabilidade e consciência.
A boa notícia é que a educação financeira não precisa ser complicada — ela pode (e deve) acompanhar o desenvolvimento da criança e do adolescente, respeitando sua linguagem, sua maturidade e suas experiências do dia a dia.
Neste conteúdo, você vai descobrir como abordar o tema em casa de forma leve, prática e eficiente, com dicas de atividades e jogos organizados por faixa etária. Vamos juntos?
Educação financeira por faixa etária
De 3 a 5 anos: os primeiros contatos com o dinheiro
Nessa fase, o objetivo é despertar a curiosidade sobre o valor das coisas e introduzir a noção de escolhas e limites. Use sempre linguagem simples, o mais visual possível e lúdica, por meio de brincadeiras, jogos e historinhas. Algumas dicas são:
- Brinque de lojinha com moedas de brinquedo;
- Use cofrinhos para mostrar como o “dinheiro cresce”;
- Deixe a criança escolher entre duas opções (“quer o sorvete agora ou guardar para o brinquedo depois?”);
- Leia histórias infantis com temas de consumo consciente.
Poucos jogos com foco financeiro são específicos para essa idade, mas existem opções lúdicas que introduzem o tema, como:
- Lojinha – Estrela: brincadeira de compras e trocas com notas e moedas de brinquedo. Excelente para os primeiros conceitos de valor e escolha.
- Cofrinho Educativo – Nig Brinquedos: vem com moedas coloridas e divisórias para ensinar a guardar, gastar e doar.
- Supermercado Infantil – Calesita ou Xalingo: kits de mercado com carrinho, prateleiras e produtos. Simulam compras com dinheiro fictício.
De 6 a 9 anos: aprendendo sobre valor e planejamento
Aqui, o mais importante é ensinar a diferença entre desejo e necessidade e estimular a noção de planejamento. É sempre importante trazer reflexões para o dia a dia da criança: “vale a pena gastar com isso agora?”
- Comece a dar mesadas ou semanadas simbólicas;
- Ajude a criança a dividir em “gastar, guardar e doar”;
- Crie metas de poupança para brinquedos desejados;
- Envolva a criança em decisões simples do mercado: comparar preços, escolher marcas;
- Incentive a anotar os gastos em um caderno ou aplicativo infantil.
Para ajudar nessa etapa, indicamos os seguintes jogos:
- Jogo da Mesada – Estrela: clássico brasileiro que ensina sobre ganhos, despesas, imprevistos e planejamento.
- Pequenos Investidores – Ação Cidadania Financeira (Instituto Brasil Solidário): jogo educativo com cartas sobre consumo consciente, poupança e sustentabilidade (disponível em algumas livrarias e sites institucionais).
- Supermercado – Pais & Filhos: foca em comparar preços, fazer escolhas e aprender sobre o valor das compras.
De 10 a 12 anos: autonomia e responsabilidade
Nessa idade, é possível promover consciência sobre decisões financeiras e introduzir o conceito de orçamento. Utilize sempre uma linguagem mais lógica e comparativa, conectando dinheiro a escolhas reais:
- Estimule o planejamento sobre como usar a mesada mensal
- Explique visualmente os conceitos de juros, parcelamento e promoções;
- Mostre como funcionam cupons e descontos;
- Façam juntos um orçamento familiar fictício;
- Introduza gráficos e tabelas simples para comparar opções.
Alguns jogos que são ótimos para facilitar essas associações, sem deixar de serem divertidos:
- Banco Imobiliário – Estrela: clássico sobre compra, venda, aluguel e gestão de dinheiro. Existe a versão Júnior, ideal para essa faixa etária.
- Master Money – Nig Brinquedos: foco em economia, investimentos e tomada de decisões. Tabuleiro intuitivo.
- Bizz – O Jogo do Empreendedorismo: estimula noções de negócio, capital de giro, vendas e lucro. Indicado a partir de 10 anos.
De 13 a 15 anos: decisões, consumo e influência digital
Aqui, o ponto chave é introduzir a discussão sobre o consumo consciente e a influência das redes sociais nas decisões de compra.
- Converse sobre compras por impulso, principalmente online;
- Envolva os adolescentes em pequenas decisões reais de compra;
- Explique como funcionam cartões, contas e transferências;
- Fale sobre as consequências do endividamento e os perigos do crédito mal utilizado;
Jogos recomendados para tornar o aprendizado ainda mais interessante:
- Jogo das Finanças – Grow: simula a vida financeira de um adulto: salários, dívidas, investimentos e imprevistos.
- Bolsa de Valores – Grow: envolve conceitos de mercado de ações, oferta e demanda e oscilações de preços.
- Cashflow – Robert Kiyosaki (em inglês e português): baseado no livro Pai Rico, Pai Pobre, ensina sobre ativos, passivos, investimentos e liberdade financeira.
De 16 a 18 anos: preparação para a vida adulta
Chegou a hora de formar um jovem protagonista! Traga noções sólidas de planejamento financeiro e independência. Use exemplos reais de jovens empreendedores, estágios e intercâmbios:
- Ajude a montar um orçamento real com receitas e despesas, baixe nossa planilha de orçamento para te ajudar neste momento;
- Converse sobre crédito, investimentos e objetivos de vida;
- Simulem juntos uma vida financeira adulta: aluguel, transporte, alimentação;
- Estimule o hábito de guardar para objetivos de curto, médio e longo prazo.
Procurando um exemplo real? Assista ao vídeo abaixo para conhecer a história de Iago Collins, cooperado Unicred, estudante de Medicina e presidente da atlética da UFJF:
Dicas extras para os pais (válidas em todas as idades)
- Seja exemplo: seus hábitos falam mais alto do que qualquer discurso;
- Compartilhe desafios financeiros reais (de forma equilibrada);
- Valorize o esforço mais do que o resultado imediato;
- Use filmes, séries, jogos e até memes para gerar conversas leves sobre dinheiro.
Educar financeiramente seus filhos é plantar sementes para que sejam adultos mais conscientes, seguros e livres. Quanto mais cedo começar, mais natural se torna esse aprendizado — e ele pode ser leve, divertido e profundamente transformador.
Comece agora: uma ideia para iniciar a educação financeira
Quando trazemos exemplos reais e inspiradores, fica mais fácil entender como o tempo e os juros compostos podem transformar vidas — inclusive a dos nossos filhos.
Imagine um casal que decide investir R$ 100 por mês para o filho desde o nascimento, com uma rentabilidade média de 10% ao ano. Ao completar 18 anos, o valor acumulado chega a quase R$ 60 mil — quase três vezes mais do que os R$ 21.600 efetivamente investidos pelos pais ao longo do tempo.
Esse valor pode ser usado para financiar uma faculdade, fazer um intercâmbio, começar um negócio ou simplesmente servir como uma boa base financeira para iniciar a vida adulta.
Mas o impacto pode ser ainda maior. E se esse jovem decidir deixar o dinheiro investido, sem fazer nenhum resgate, até os 65 anos? Mantendo a mesma taxa de 10% ao ano, o valor salta para mais de R$ 5 milhões. Isso mostra o poder dos juros compostos trabalhando ao longo do tempo.
Ele pode ir além: se, a partir dos 19 anos, ele decidir investir R$ 200 por mês — o dobro do que os pais investiam — até os 65 anos, esse valor final passa de R$ 7 milhões!
Essa é a força da combinação entre tempo, consistência e juros compostos. Um exemplo simples, mas poderoso, de como decisões tomadas cedo e mantidas com disciplina podem mudar completamente o futuro financeiro de alguém.
Quer uma ajuda nesta conversa sobre dinheiro?
A Unicred está aqui para te ajudar nessa missão! Comece hoje a construir um futuro financeiro mais sólido para você e sua família. Torne-se um cooperado Unicred e dê o primeiro passo no seu planejamento financeiro com quem entende do assunto.
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