Inflação medida pelo IPCA desacelera em maio e projeções para 2025 caem

O IPCA, índice oficial que mede a inflação no Brasil, subiu 0,26% em maio. Isso representa uma desaceleração em relação à prévia do mês, que havia sido de 0,36%. Esse resultado veio abaixo da média das projeções do mercado, coletadas pela Agência Estado (0,34%).
Com esse desempenho, a inflação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 5,32%.

Expectativas para junho

No mês de junho, esperamos que a inflação fique praticamente estável. Alguns fatores vão pressionar os preços para cima, como a conta de luz, que será impactada pela adoção da bandeira tarifária vermelha 1 (o que encarece a energia elétrica). Por outro lado, há fatores que devem aliviar a inflação:
– Queda esperada de 2,0% no preço da gasolina;
– Possível redução nos preços dos alimentos, o que indica uma tendência de deflação nesse grupo.

Principais riscos no radar

Entre os fatores que podem ajudar a reduzir ainda mais a inflação (os chamados riscos de baixa), destacamos a possibilidade de uma queda mais forte nos preços dos alimentos e dos produtos industrializados. Isso pode acontecer se os preços das commodities (como soja, trigo e petróleo) no mercado internacional continuarem caindo. Já entre os fatores que podem aumentar a inflação (riscos de alta), há a chance de ser ativada a bandeira amarela nas contas de luz até o fim do ano, o que representaria mais um aumento nos custos da energia.


Além disso, a inflação dos serviços (como mensalidades, aluguel, salões de beleza, restaurantes etc.) continua elevada e é um ponto de atenção, pois deve manter o índice geral de inflação acima do teto da meta nos próximos meses.

 

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