
A semana foi marcada por movimentos importantes na economia global e nacional. Com os olhos voltados para os rumos da política monetária e fiscal, investidores e analistas reagiram a dados que podem redesenhar as expectativas para os próximos meses.
Nos Estados Unidos, o índice de inflação ao consumidor (CPI) veio abaixo do esperado, reforçando a chance de que o Federal Reserve inicie cortes na taxa de juros ainda em 2025. O cenário, no entanto, segue permeado por incertezas políticas: o presidente Donald Trump voltou a pressionar publicamente o Fed e propõe uma política fiscal expansionista, com cortes de impostos e aumento da dívida. A possibilidade de novas tarifas sobre importações, como as de automóveis, reacende o risco de tensões comerciais.
Já no Brasil, a tributação ganhou os holofotes. O governo federal apresentou uma nova Medida Provisória para alterar a tributação sobre aplicações financeiras, substituindo o decreto que elevava o IOF. A proposta prevê mudanças importantes, como a unificação da alíquota do IR para renda fixa, o fim da tabela regressiva e o aumento de tributos sobre juros sobre capital próprio e apostas. A estimativa de arrecadação é de R$ 20 bilhões em 2026. A resposta do Congresso foi imediata, com a articulação para derrubar o novo decreto. A avaliação geral é de que o atual momento econômico não comporta elevações de carga tributária.
Enquanto isso, a inflação brasileira dá sinais de alívio: o IPCA de maio subiu apenas 0,26%, abaixo do esperado, fortalecendo a projeção de manutenção da Selic na próxima reunião do Copom.
Nos mercados, o Ibovespa avançou 0,82%, e o dólar recuou 1,2% na semana, acumulando queda de 10% no ano — reflexo das expectativas de queda nos juros americanos.
Nesta semana, o foco segue na política monetária: teremos decisões de juros em países como Inglaterra, EUA, Japão, China e Brasil, além da divulgação de dados do setor externo no Japão e inflação na Europa.
Em um cenário de tantas variáveis e riscos cruzados, mais do que nunca é fundamental acompanhar de perto os movimentos econômicos e políticos — e contar com uma estratégia de investimentos bem alinhada com seus objetivos. Fale com seu gerente Unicred.