Na última semana, o mercado financeiro global enfrentou um cenário de pessimismo diante da pressão inflacionária, impulsionado principalmente pelo fortalecimento do mercado de trabalho nos Estados Unidos. A criação robusta de vagas de emprego, somada ao desempenho insatisfatório do IPCA em dezembro, resultou em um aumento expressivo das taxas de juros futuros, revertendo todo o alívio acumulado nas sessões anteriores, especialmente nos prazos mais longos da curva. Esse movimento também impactou as taxas de juros futuros brasileiras, com maior intensidade nos trechos de longo prazo.
O fortalecimento econômico e os juros elevados contribuíram para a valorização global do dólar, embora no Brasil o impacto tenha sido parcialmente compensado na sexta-feira pelo comportamento das taxas de juros locais.
Enquanto isso, o mercado de ações sofreu com a pressão dos preços elevados e o aumento do risco de juros altos, com destaque negativo para as empresas americanas, que registraram quedas de cerca de 2%.
Para esta semana, o foco estará nos dados de inflação na China, Estados Unidos e Europa, além do PIB e da decisão de juros na China, que poderão moldar os próximos movimentos do mercado global.