
Nesta segunda-feira, 9 de junho, ganhou destaque nas discussões do governo uma proposta que deve acender um sinal de alerta no radar dos investidores: a possível tributação das LCIs e LCAs, hoje isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas.
Nova proposta prevê até 5% de IR sobre os rendimentos
A ideia surge como uma busca de alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), dentro dos esforços do governo para recompor receitas sem recorrer a medidas mais impopulares junto ao setor produtivo. E, embora ainda não formalizada, já se fala em uma alíquota de até 5% sobre os rendimentos, o suficiente para mexer com a atratividade desses títulos que há anos figuram entre os queridinhos do investidor conservador.
Como a tributação de LCI e LCA afeta seus investimentos?
Mais do que uma medida técnica de ajuste fiscal, essa sinalização representa um ponto de inflexão importante. Durante anos, muitos investidores confiaram quase cegamente em instrumentos incentivados pelo governo, atraídos pela promessa de isenção e segurança. Agora, o que vemos é um lembrete claro: incentivos fiscais podem mudar, e quando mudam, afetam diretamente o retorno líquido e a lógica de alocação de carteiras.
Ignorar esse tipo de risco é um erro recorrente. A tributação de LCIs e LCAs, se confirmada, desmonta a ideia de que certos produtos são “intocáveis”. Em tempos de ajuste nas contas públicas, a proteção tributária se torna cada vez mais frágil. Isso exige uma revisão urgente da forma como enxergamos a alocação de capital: não dá mais para apostar tudo em produtos cujo apelo depende exclusivamente de incentivos fiscais.
Diversificação: o caminho para proteger sua carteira
Enquanto isso, outros ativos vêm se destacando com desempenhos bastante relevantes em 2025. Por exemplo, o Ibovespa já acumula 14,35% de valorização no ano, refletindo a recuperação de papéis descontados e a melhora no sentimento de mercado. Os fundos multimercados, mesmo diante de saques e maior cautela dos gestores, já entregam 6,44%, segundo o índice IHFA. E os títulos indexados à inflação de curto prazo, representados pelo IMA-B 5, avançam 5,50%, ancorados em juros reais ainda elevados.
Esses números evidenciam o que há muito tempo é defendido por nós, daZIIN Investimentos: a diversificação é a única estratégia que oferece resiliência em ambientes incertos. Não estamos mais em um cenário em que renda fixa isenta basta. Hoje, construir uma carteira sólida passa por combinar ativos com diferentes riscos, prazos, indexadores e, sim, tributações.
O debate sobre a possível taxação de LCIs e LCAs é, portanto, mais do que uma questão pontual de política fiscal. Ele levanta uma discussão mais ampla sobre dependência de incentivos, concentração de risco e a necessidade de uma postura mais estratégica por parte do investidor, que deve aprender a investir mesmo em um cenário mais complexo. Quem estava confortável demais com o status quo, precisa sair da zona de conforto.
No fim das contas, proteger o patrimônio é também aceitar que o mundo muda e os portfólios precisam mudar junto. A diversificação, nesse contexto, deixa de ser um conselho genérico para se tornar um verdadeiro plano de ação.
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