Wellness: tendências e oportunidades para profissionais da saúde

Cuidar da saúde nunca esteve tão em alta. O chamado mercado de wellness, ou economia do bem-estar, começou a se popularizar no Brasil por volta de 2018, mas foi a pandemia do COVID-19 que acelerou o interesse por produtos e serviços voltados ao bem-estar, consolidando esse mercado como um movimento global que une saúde física, mental, prevenção e qualidade de vida.

De acordo com o Global Wellness Institute (GWI), esse setor movimenta trilhões de dólares e impacta diferentes áreas do dia a dia. Para os profissionais da saúde, entender esse mercado representa uma oportunidade de ampliar áreas de atuação e atender novas demandas dos pacientes.

O que é wellness?

Wellness (bem-estar) é a busca ativa por um estilo de vida mais saudável e equilibrado. O GWI define a economia do bem-estar como os setores que permitem que as pessoas incorporem hábitos saudáveis em meio a suas rotinas. Ela abrange 11 segmentos diferentes, entre eles estão:

  • Bem-estar mental: práticas de autoconhecimento, meditação, conexão social e sono de qualidade.
  • Atividade física: esportes, yoga, pilates, academias e tecnologia para treinos.
  • Imóveis de bem-estar: ambientes e materiais de construção que incorporam elementos de bem-estar em seu design, como áreas verdes, iluminação e ventilação natural.
  • Alimentação saudável e nutrição: suplementos, alimentos naturais e serviços de orientação nutricional.
  • Bem-estar intelectual: a busca por novas ideias, conhecimento e desenvolvimento pessoal, como leituras, cursos, atividades criativas e debates.
  • Turismo de bem-estar: viagens que combinam descanso e experiências de saúde, como spas, retiros, terapias e contato com a natureza.
  • Cuidados pessoais e beleza: estética, cosméticos e serviços voltados para o autocuidado.
  • Medicina preventiva e personalizada: exames, diagnósticos e acompanhamento personalizado, focado na prevenção.

Esse ecossistema mostra que o wellness vai muito além da estética: é um mercado forte e cheio de possibilidades, com espaço para inovação em diferentes frentes.

Crescimento da economia do bem-estar

O setor cresce em ritmo acelerado. Segundo a Forbes, a economia global de wellness movimentou US$ 5,6 trilhões entre 2020 e 2022, com um avanço de 12% no período.

O Brasil também acompanha esse movimento: o mercado atingiu cerca de US$ 96 bilhões, colocando o país na 12ª posição no ranking mundial. Os maiores destaques estão em cuidados pessoais e alimentação saudável, que juntos somam mais de US$ 69 bilhões.

Mas o crescimento também vem acompanhado de desafios. A OMS aponta que o Brasil lidera os índices de estresse no mundo: 74% da população já enfrentou episódios que comprometem sua qualidade de vida. Além disso, 45% dos brasileiros relatam sintomas de ansiedade, especialmente jovens e mulheres. 

estresse financeiro e a preocupação constante com dívidas ou instabilidade financeira também é uma realidade para muitos brasileiros, o que dificulta ainda mais o foco em outras áreas da vida.

Isso mostra que ainda há muito espaço para soluções inovadoras e acessíveis no cuidado com a saúde mental.

Comportamento do consumidor: novas gerações e o foco no bem-estar

Segundo estudo da McKinsey & Company, o bem-estar deixou de ser um gasto ocasional para se tornar parte da rotina, especialmente entre millennials e a Geração Z.

  • 30% desses jovens dizem priorizar muito mais o bem-estar em relação ao último ano.
  • Embora representem apenas 36% da população adulta nos EUA, eles respondem por 41% dos gastos anuais no setor.

Essa mudança é explicada por fatores como níveis mais altos de burnout, maior exposição a conteúdos de saúde nas redes sociais e busca por serviços personalizados.

Já os consumidores mais velhos, representam uma oportunidade significativa para o mercado de longevidade, sobretudo em países com populações envelhecidas. Ou seja, o mercado de wellness cresce em todas as faixas etárias.

Apesar do avanço, a pesquisa da McKinsey mostra que ainda existem áreas pouco exploradas, como saúde cognitiva; atenção plena e saúde mental; e longevidade e cuidados preventivos.

Esses temas são especialmente valorizados pelas gerações mais jovens, que sentem a falta de serviços especializados nessas áreas. Para os profissionais da saúde, isso significa novos espaços de atuação e maior destaque no mercado.

Wellness para profissionais da saúde: onde estão as oportunidades

Para médicos, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, educadores físicos e profissionais de estética, esse cenário abre portas para atuação em diferentes áreas, como:

  • Atendimento integrado: unindo saúde física, mental, emocional e até mesmo financeira.
  • Serviços de prevenção: foco em longevidade e qualidade de vida.
  • Programas personalizados: adaptados às necessidades de cada paciente.
  • Turismo de saúde e bem-estar: clínicas e spas que unem cuidado e experiência.
  • Inovação em consultórios: incorporação de tecnologias e espaços pensados para o bem-estar.

Ao mesmo tempo em que cuidam de seus pacientes, esses profissionais também precisam cuidar de suas próprias jornadas, equilibrando vida pessoal, gestão de carreira e desenvolvimento de negócios. É nesse ponto que soluções financeiras inteligentes podem apoiar quem deseja expandir clínicas, investir em novas tecnologias ou planejar o futuro.

Saúde integral: corpo, mente e finanças em equilíbrio

Na Unicred, entendemos que o bem-estar físico e mental andam juntos, mas a saúde financeira é parte essencial dessa equação. Afinal, dificuldades com dinheiro podem impactar diretamente o sono, aumentar o estresse, afetar decisões e prejudicar a qualidade de vida.

Para os profissionais da saúde, o mercado de wellness representa tanto um campo de oportunidades de atuação quanto um convite para repensar práticas e ampliar a forma de atender pacientes.

Investir em bem-estar é investir em vidas mais longas, saudáveis e plenas. E os profissionais que enxergarem esse potencial hoje estarão na vanguarda de um mercado que só tende a crescer.

Navegue pelo índice