Aumento do IOF: como proteger seus investimentos e manter a rentabilidade da carteira

Na última semana, o governo federal promoveu alterações na alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), afetando algumas aplicações do mercado financeiro.

A medida, que inicialmente incluía até fundos de investimento no exterior, foi parcialmente revertida após forte repercussão negativa. Ainda assim, diversas movimentações passaram a ser tributadas de forma mais intensa, o que exige atenção e estratégia por parte dos investidores.

O que muda com o aumento do IOF nas operações financeiras?

Algumas operações passaram a ter uma incidência maior do IOF:

  • Previdência privada do tipo VGBL, com aportes mensais acima de R$ 50 mil: IOF de 5%, independentemente da classe do fundo (ações, renda fixa ou multimercado);
  • Remessas internacionais de pessoas físicas: passaram a ter IOF de 3,5%. Caso o dinheiro seja enviado para uma corretora internacional com fins de investimento, a alíquota cai para 1,1% — incide apenas sobre a operação de câmbio, não sobre o ativo adquirido.

Por outro lado, diversos investimentos seguem isentos da nova tributação, como:

  • Ações negociadas em bolsa;
  • Fundos e clubes de investimento em ações;
  • CRAs, CRIs, LCAs, CDCAs e debêntures incentivadas;
  • Fundos de índice de renda fixa negociados em bolsa;
  • Operações realizadas dentro das carteiras dos fundos de investimento;
  • Fundos multimercados com exposição internacional, que ficaram de fora após recuo do governo.

Uma alternativa viável para longo prazo e sem o impacto dessa mudança, é o Plano Precaver, um plano fechado exclusivo do sistema Unicred. Nele, os valores pagos mensalmente ou via aporte, independentemente do valor, não possuem IOF ou qualquer outra taxa, e ainda podem ser deduzidos da base de cálculo do Imposto de Renda, até o limite de 12% da renda bruta anual.

Além disso, a renda fixa tradicional (como CDBs, fundos DI e multimercados) segue sujeita ao IOF regressivo apenas nos primeiros 30 dias. Após esse prazo, o IOF zera, permanecendo apenas o IR conforme a tabela regressiva.

Dicas para adaptar seus investimentos ao novo cenário tributário

Diante desse novo cenário tributário, o investidor pode adotar estratégias inteligentes para preservar a rentabilidade e otimizar a estrutura fiscal da carteira:

  • 1- Evite resgates em menos de 30 dias

Em aplicações de renda fixa, aguardar ao menos 30 dias evita a incidência do IOF regressivo, que pode corroer significativamente os rendimentos em prazos curtos.

  • 2 - Explore ativos isentos

Produtos como LCAs, CRAs, CRIs e debêntures incentivadas seguem livres de IOF e podem trazer ganhos líquidos mais eficientes, especialmente em carteiras conservadoras e moderadas.

  • 3 - Reavalie a forma de investir no exterior

Com a alta do IOF sobre remessas internacionais, pode ser vantajoso acessar mercados globais por meio de fundos multimercados com exposição internacional, que permanecem isentos da nova tributação. Essa abordagem permite diversificação geográfica e cambial, com simplicidade operacional e tratamento fiscal mais eficiente.

IOF no VGBL: como minimizar o impacto nos seus aportes?

Com a nova tributação de 5% de IOF sobre aportes mensais acima de R$ 50 mil, o investidor que utiliza o VGBL deve avaliar cuidadosamente sua estratégia de alocação. Apesar do custo adicional, o produto continua sendo uma peça relevante no planejamento patrimonial e previdenciário, especialmente quando usado com visão de longo prazo.

Dois pontos práticos se destacam:

  • Revisar o papel do VGBL no portfólio: o VGBL é mais eficiente quando integrado a uma estratégia de longo prazo com foco em sucessão patrimonial, postergação de IR e proteção familiar. Se bem estruturado, o impacto do IOF tende a ser diluído ao longo do tempo — especialmente quando o horizonte é de anos ou décadas.
  • Planejar aportes com base em estratégia anual e horizonte de permanência: organizar os aportes de forma consistente, distribuindo ao longo do tempo e alinhando com o fluxo de caixa do investidor, ajuda a manter o foco nos objetivos sem incorrer em custos desnecessários.

Em resumo: mesmo com a incidência de IOF, o VGBL não perde sua relevância, desde que o investidor tenha clareza sobre seus objetivos e adote uma abordagem estratégica. No longo prazo, a combinação de planejamento, disciplina e permanência tende a compensar o custo inicial da tributação.

IOF elevado: mais do que reagir, é hora de planejar

O aumento do IOF reforça a importância de um planejamento financeiro estruturado e alinhado com o perfil e os objetivos do investidor. Em momentos como esse, mais do que buscar atalhos fiscais, o foco deve estar na estratégia: prazo, risco, liquidez, eficiência tributária e coerência com o propósito da carteira.

Alocar recursos com visão de longo prazo, entender o papel de cada produto na carteira, incluindo o VGBL, que mesmo com a nova tributação segue relevante dentro de uma estratégia bem planejada — e buscar soluções que tragam diversificação e segurança patrimonial são atitudes que protegem o investidor e fortalecem seus resultados.

Em um ambiente em constante transformação, a diferença está em ter ao lado uma assessoria comprometida com o planejamento financeiro do investidor — e não com a venda de produtos.

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A boa notícia é que isso já faz parte do DNA da ZIIN, uma empresa Unicred no pilar de investimentos, que atua com isenção de conflitos, colocando os interesses do investidor sempre em primeiro lugar. Como parte de um sistema cooperativista, o investidor não é apenas cliente — é também sócio. Tem voz, participa e se beneficia de um modelo que valoriza o coletivo e a construção de patrimônio de forma sustentável.

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