Na última semana de outubro e no início de novembro, o mercado financeiro global sofreu impacto de vários eventos econômicos importantes. Nos Estados Unidos, a eleição presidencial gerou incerteza, enquanto o crescimento do PIB e a criação de vagas de emprego vieram abaixo do esperado, resultando na elevação dos juros futuros. Esses fatores impulsionaram o dólar e aumentaram o risco econômico global, intensificando a pressão sobre os ativos financeiros.
No Brasil, os dados do Caged indicaram um número de vagas criadas acima do previsto, com a taxa de desemprego em 6,4%, a segunda menor da série histórica. Esse cenário, somado ao aumento dos juros no exterior, influencia a decisão do Copom, que agora enfrenta uma pressão maior para ajustar a política monetária.
Ainda no cenário global, a Zona do Euro apresentou um crescimento de PIB ligeiramente acima das expectativas e, na China, os PMIs indicaram uma retomada econômica, com o setor industrial voltando a crescer após seis meses. No Japão, os juros foram mantidos, conforme o previsto, mas o risco de fragmentação econômica e o protecionismo elevaram o temor de uma pressão inflacionária mundial.
Esta semana traz eventos decisivos para o mercado: espera-se ajustes de juros no Brasil e nos Estados Unidos, além de dados sobre inflação na China e no Brasil, e a ata do Banco do Japão, que juntos podem determinar os próximos movimentos de ativos e expectativas econômicas globais.