IPCA de dezembro fecha em 0,52%, ficando abaixo das expectativas

A inflação divulgada pelo IBGE do mês de dezembro foi de 0,52% acima do resultado de novembro, que foi 0,39%, e levemente abaixo das expectativas do mercado de 0,57%. Em 12 meses, o resultado passou de 4,87% para 4,83%, enquanto a meta de inflação é de 3% com margem de 1,5 ponto percentual.

Com o resultado, o índice em 2024 passou de 4,29% para 4,83%, enquanto, para  2025, a projeção é de avanço de 4,73%.

Com exceção do segmento Habitação (-0,56%), todos os outros grupos de produtos e serviços mostraram crescimento em dezembro. O grupo que registrou a maior variação foi o de Alimentação e Bebidas, com um aumento de 1,18% e um impacto de 0,25 ponto percentual. Logo após, o segmento de Transportes apresentou uma alta de 0,67%, com impacto de 0,14 ponto percentual. O grupo de Vestuário, que teve uma variação de 1,14%, foi o segundo maior em dezembro, especialmente após uma queda de 0,12% no mês anterior.

Os principais fatores que influenciaram a inflação de 2024 foram o grupo de Alimentação e Bebidas, que acumulou um aumento de 7,69% em um período de 12 meses, contribuindo com 1,63 pontos percentuais para o índice IPCA do ano. Ademais, os aumentos nos preços nos grupos de Saúde e Cuidados Pessoais (6,09%) e Transportes (3,30%) também mostraram impactos significativos, com contribuições de 0,81 e 0,69 pontos percentuais, respectivamente, para o IPCA do ano. Esses três grupos, juntos, representaram aproximadamente 65% da inflação de 2024.

Dentre os 377 itens que são considerados para o cálculo do IPCA, a gasolina teve o maior efeito individual sobre a inflação de 2024, com um impacto de 0,48 ponto percentual e um aumento anual de 9,71%. Em segundo lugar, ficou o item Plano de Saúde, com uma alta de 7,87% em 12 meses, contribuindo com 0,31 ponto percentual para o IPCA. O terceiro item foi Refeição fora do Domicílio, que acumulou um aumento de 5,70% em 12 meses, com um impacto de 0,20 ponto percentual no IPCA do ano.

Em janeiro, espera-se uma redução no IPCA. Essa movimentação será influenciada pela significativa diminuição prevista nos preços da energia elétrica para residências, resultante da distribuição do bônus de Itaipu, que deverá afetar o índice em cerca de -0,60 p.p. Por outro lado, os aumentos nas tarifas de transporte público em várias capitais do Brasil e as pressões sazonais sobre alimentos frescos irão pressionar o IPCA para cima em janeiro.

 

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