
O ano de 2025 foi declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Ano Internacional do Cooperativismo, reconhecendo e reforçando o papel desse modelo para a construção de economias mais humanas, sustentáveis e preparadas para enfrentar desafios. Essa declaração gerou uma série de movimentos importantes no Brasil e no mundo. Acompanhe:
Por que a ONU escolheu 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas?
Cooperativas são instituições financeiras capazes de equilibrar eficiência econômica com impacto social positivo. Elas distribuem renda, apoiam o desenvolvimento local, fortalecem comunidades e ampliam o acesso a serviços essenciais como crédito, saúde e educação.
Ao declarar 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas, a ONU buscou:
- Dar mais visibilidade global ao tema;
- Incentivar políticas públicas voltadas ao setor;
- Reconhecer o papel das cooperativas no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS);
- Estimular países a ampliarem o apoio a iniciativas cooperativas.
O que 2025 trouxe de mais importante para o cooperativismo?
1. Visibilidade global e debates estratégicos
Ao longo do ano, eventos internacionais, relatórios e encontros promoveram reflexões profundas sobre como as cooperativas podem ajudar a resolver desafios da sociedade atual, do combate à desigualdade ao fortalecimento financeiro de pequenas comunidades.
Conferências em diferentes países reuniram lideranças de cooperativas, acadêmicos, governos e organismos multilaterais para discutir como ampliar o impacto do setor no mundo.
A Aliança Cooperativa Internacional (ICA) tem ampliado suas campanhas globais e iniciativas de defesa de políticas públicas para fortalecer o modelo cooperativo no mundo. Entre as ações, está a Plataforma Cooperativa do Patrimônio Cultural, que lançou o primeiro mapa-múndi dedicado a reconhecer como a cooperação moldou a cultura, a educação e os meios de subsistência ao longo das gerações.
A ICA também anunciou que, em 2026, será apresentada a Lista do Patrimônio Cooperativo Imaterial, que reunirá tradições orais, práticas e rituais que representam a essência da cultura cooperativista no mundo.
2. No Brasil: expansão, marcos e protagonismo
O cooperativismo brasileiro viveu um dos anos mais fortes da sua história. Alguns destaques foram:
- Discussões estratégicas com o Banco Central sobre inclusão financeira, competitividade e modernização do setor;
- Crescimento contínuo das cooperativas de crédito, que ampliaram a presença no mercado, nas cidades e no digital;
- Aumento no número de cooperados, especialmente entre jovens e profissionais autônomos;
- Eventos e campanhas nacionais, liderados pelo Sistema OCB, reforçando a importância social e econômica das cooperativas;
- Recordes de engajamento no Dia C (Dia de Cooperar), com ações sociais, voluntariado e impacto direto nas comunidades.
No DICC (Dia Internacional das Cooperativas de Crédito), o SomosCoop reuniu cooperativas de todo o Brasil para compartilhar histórias que inspiram e reforçam o poder da união. A ação formou uma verdadeira corrente do bem e convidou todos a refletir sobre o tema oficial deste ano: “Cooperação por um mundo próspero”.

A Unicred fez parte dessa corrente nacional, compartilhando na página do Instagram, uma história de parceria financeira com profissionais da saúde.
Além das iniciativas globais, o Brasil também celebra anualmente, no dia 28 de dezembro, o Dia Nacional do Cooperativismo de Crédito, uma data criada para valorizar o papel das instituições financeiras cooperativas no desenvolvimento econômico e social do país.
Instituída pela Lei 12.620/12, a comemoração reforça a importância do modelo cooperativista baseado na cooperação, na solidariedade, na educação e no desenvolvimento sustentável.
3. Impacto social e sustentável
As cooperativas tiveram destaque em iniciativas que dialogam diretamente com os desafios globais. Entre elas:
- Projetos de sustentabilidade, como energia renovável e eficiência energética;
- Programas de agricultura e economia circular;
- Ações de inclusão financeira e combate à vulnerabilidade social;
- Fortalecimento de comunidades rurais e urbanas por meio de crédito, capacitação e acesso a serviços essenciais;
Essas iniciativas aproximaram ainda mais o cooperativismo dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, especialmente aqueles relacionados a trabalho decente, redução das desigualdades, desenvolvimento econômico e consumo responsável.
4. Ambiente de trabalho: pessoas no centro
Outro destaque de 2025 foi o debate sobre o futuro do trabalho e o papel das cooperativas como ambientes mais humanos, participativos e colaborativos. Relatórios internacionais indicaram que colaboradores, especialmente os mais jovens, estão buscando cada vez mais por organizações com propósito claro, participação ativa e impacto real na vida das pessoas.
Nesse contexto, o modelo cooperativista ganhou ainda mais relevância.
O que o Ano Internacional do Cooperativismo nos ensinou
A visibilidade conquistada este ano destaca o papel da Unicred como parte de um movimento maior, que cresce, se fortalece e transforma realidades. O cooperativismo é uma resposta madura para desafios como desigualdade, crédito caro, insegurança alimentar e mudanças climáticas.
Durante o ano, reforçamos nosso compromisso com pilares que fazem parte da nossa história:
- Promover educação financeira e cooperativista;
- Oferecer crédito justo e responsável;
- Apoiar o desenvolvimento das comunidades;
- Investir na experiência do cooperado;
- Manter a inovação como pilar para o futuro.
O reconhecimento da ONU valida algo que o setor sempre defendeu: quando as pessoas se organizam coletivamente, soluções reais acontecem.
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