Os impactos das políticas tarifárias de Trump nos investimentos e nos negócios

Desde sua candidatura à presidência dos Estados Unidos, as expectativas em relação à política comercial de Donald Trump eram, em sua maioria, pessimistas. Em seu novo mandato, Trump tem adotado uma postura mais rígida nas relações com os demais países, buscando equilibrar a balança comercial — que tem comprado mais do que vendido do mundo — e fortalecer a competitividade das empresas norte-americanas.

Qual o contexto dessa “guerra comercial”?

Um dos principais argumentos da Casa Branca para o chamado tarifaço, é que muitos países parceiros aplicam tarifas mais altas sobre produtos norte-americanos do que os Estados Unidos aplicam sobre importações estrangeiras, citando o caso do Brasil.

Essa diferença fez, de acordo com Trump e sua equipe, com que os Estados Unidos tivessem um custo de produção maior do que a China, por exemplo, fazendo a produção industrial americana perder participação na produção global.

produção industrial

Quais as consequências nos investimentos e nos negócios?

Com o aumento das tarifas, Trump tem como objetivo tornar os produtos estrangeiros mais caros no mercado interno, favorecendo a indústria local. Entretanto, as retaliações de países como a China aumentam os preços dos produtos dos Estados Unidos em seu território, o que faz com que haja, no curto prazo, uma pressão inflacionária global. 

Com as duas maiores economias globais adotando tarifas mais altas, o cenário tende a se tornar mais fragmentado, afetando consumidores — que compram menos — e empresas, que enfrentam margens de lucro menores. Esse ambiente também contribui para maior volatilidade nos mercados financeiros, impactando ações, taxas de juroscâmbio.

O Brasil pode se beneficiar com o tarifaço?

Durante o primeiro mandato de Trump, por exemplo, o Brasil aumentou suas exportações para a China, em parte devido à taxação de 60% sobre produtos chineses aplicada pelos EUA em 2018.

exportações Brasil

Isso não garante que o cenário se repetirá, mas as oportunidades geradas pela reorganização do comércio global podem favorecer os produtos e serviços brasileiros interessados em acessar tanto o mercado chinês, quanto o norte-americano.

Nesse momento, é essencial que investidores e empresas brasileiras acompanhem de perto as movimentações no cenário internacional. Como vimos, as decisões de grandes potências, como os Estados Unidos e a China, impactam diretamente o comércio global e criam desafios — mas também oportunidades — para quem souber se posicionar estrategicamente. 

Avaliar riscos, adaptar estratégias e buscar novos mercados pode ser o diferencial para crescer em tempos de mudança.

Escrito por: Carlos Magno Chareta, Analista de investimentos Sr.

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