Conflitos comerciais elevam riscos de recessão e afetam a economia brasileira

A semana anterior foi marcada pela intensificação da guerra comercial entre os Estados Unidos e outras grandes economias globais, com destaque para o embate entre EUA e China. As novas tarifas setoriais — sobre aço, alumínio e automóveis — e as retaliações chinesas ampliaram a volatilidade nos mercados e elevaram os riscos de recessão mundial.

A resposta da China às tarifas americanas, com imposição de tarifas equivalentes e restrições à importação de terras raras, trouxe ainda mais incertezas e alimentou preocupações com uma desaceleração mais intensa do comércio global. Em um cenário de inflação somada à perspectiva de queda na atividade econômica, o mercado passou a projetar menor crescimento dos lucros empresariais e, consequentemente, uma desvalorização nos ativos financeiros.

Nos Estados Unidos, os juros futuros caíram, em média, 6,3% ao longo da semana, refletindo na expectativa de desaceleração. No Brasil, a pressão vinda da economia global somou-se ao cenário de juros elevados, levando também à queda na curva de juros, embora em um ritmo mais moderado que o americano.

Os mercados de ações ao redor do mundo registraram perdas significativas, com destaque negativo para a Nasdaq, que acumulou queda de 10% na semana. O dólar, por sua vez, ganhou força frente ao real, embora tenha perdido valor globalmente diante da redução dos juros futuros americanos.

Nesta semana, os destaques da agenda econômica ficam por conta da divulgação das estatísticas fiscais e bancárias do Banco Central no Brasil, além da ata da última reunião do FOMC nos EUA. Também teremos dados de inflação na China, no Brasil e nos Estados Unidos, que devem seguir direcionando os mercados.

 

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