O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu subir, na noite desta quarta-feira, a taxa de juros básica da economia em 1,00 p.p., levando a Selic para 13,25% a.a.
A decisão teve como principal influência os riscos da desancoragem das expectativas de inflação no horizonte relevante de tempo e a economia doméstica aquecida. As crescentes preocupações quanto à condução da política fiscal levou à elevação das expectativas de inflação e revisão nas projeções de juros.
A resiliência da atividade econômica advém do mercado de trabalho e do consumo, o que motiva as revisões para cima das expectativas de crescimento econômico. Um crescimento acima da capacidade amplia a dificuldade de condução da política monetária.
A instabilidade na economia internacional, devido a ameaças de sobretaxas de importações por parte da nova administração republicana nos EUA, ainda não se confirmou, mas é um elemento de preocupação em relação ao câmbio.
Com a decisão, os ativos mais defensivos, como renda fixa de duração mais curta, podem apresentar uma relação adequada de baixa volatilidade e retornos consistentes nesse cenário de juros altos.
Dito isso, manter um plano de investimento apropriado ao perfil do investidor, seguindo suas necessidades de liquidez e exposição a risco, continua sendo a melhor estratégia.