A semana passada teve como destaque a reação negativa do mercado à insuficiência de detalhes no anúncio do pacote de corte de gastos brasileiro, além da inflação norte-americana e europeia.
Na Zona do Euro, a inflação ao consumidor apresentou alta dentro do esperado pelos analistas, mas os núcleos, que excluem itens voláteis como alimentos, energia e tabaco, ficaram abaixo das expectativas. Na China, os índices de gerentes de compras (PMIs) indicaram expansão econômica geral, enquanto no Japão o crescimento da indústria e do varejo ficou aquém das projeções.
Nos Estados Unidos, o índice PCE, indicador de inflação favorito do Federal Reserve (FED), se alinhou com as expectativas. A ata do FED apontou divergências sobre futuros cortes de juros e não mencionou possíveis políticas fiscais ou comerciais do próximo presidente eleito, o que ajudou a reduzir as expectativas de juros futuros em todos os prazos.
No Brasil, a prévia da inflação superou as expectativas novamente, enquanto os dados de emprego ficaram abaixo do esperado e o endividamento público aumentou. O anúncio do pacote fiscal para conter gastos ficou marcado pela reação negativa do mercado pela falta de um plano detalhado e pela inclusão de ajustes na tabela do IRPF, fazendo com que o cenário contribuísse para uma elevação ainda maior das expectativas de juros futuros.
A Bolsa brasileira registrou o pior desempenho da semana, destacando-se negativamente entre os principais mercados globais. O real também se desvalorizou frente ao dólar e às principais moedas globais.
Para esta semana, o foco estará na divulgação do PIB do Brasil e da Zona do Euro, além de dados de PMIs no Brasil, Japão, China, Zona do Euro e Estados Unidos.