
Na última semana, indicadores econômicos ao redor do mundo trouxeram novas perspectivas sobre a economia global. Na Europa, os dados do PMI mostraram uma expansão da atividade, mas em ritmo mais fraco do que o esperado. Já na China, além da decisão de manter os juros, o Banco Central anunciou medidas de suporte ao setor imobiliário. Outro ponto de destaque foi a aliança inédita entre o Partido Comunista Chinês e grandes empresas de tecnologia, buscando conter as turbulências econômicas.
No Japão, os números do PIB de 2024, bem como os dados de importação e inflação, reforçaram a projeção de uma nova alta de juros em 2025, possivelmente no terceiro trimestre, para 0,75%. Nos Estados Unidos, o PMI de serviços apontou retração, contrariando as projeções de crescimento, o que pode indicar os efeitos do aperto monetário no país. Além disso, a ata da última reunião do FOMC destacou preocupações com as políticas tarifárias e seus impactos sobre a inflação e a atividade econômica global. Esse cenário adverso levou a uma queda nas projeções de juros nos EUA.
No Brasil, o IBC-Br, índice que antecipa o desempenho do PIB, registrou queda de -0,7%, abaixo das expectativas do mercado. O resultado reforça a visão de uma atividade econômica mais fraca, levando economistas a revisarem suas projeções para baixo e impactando os juros futuros.
Diante desse panorama, os mercados globais responderam com queda nas bolsas, com exceção da China. O dólar também perdeu força globalmente, refletindo as mudanças nas expectativas econômicas.
Nesta semana, teremos inflação no Brasil (prévia), Estados Unidos, Europa e Japão, além de dados de emprego no Brasil e PIB do 4º trimestre nos Estados Unidos.