
Os indicadores econômicos da última semana trouxeram um panorama de moderação tanto no Brasil quanto no cenário internacional. No ambiente doméstico, a inflação segue arrefecendo gradualmente, enquanto o mercado de trabalho apresenta sinais de desaceleração suave.
Nos Estados Unidos, o comportamento recente dos preços ao produtor reforçou a percepção de estabilidade, sem indicar pressões adicionais na cadeia produtiva.
No Brasil, o IPCA-15 avançou 0,20% em novembro, registrando leve alta em relação às projeções. A leitura refletiu pressões pontuais em despesas pessoais e hospedagem, enquanto alguns componentes industriais contribuíram para suavizar o movimento. Em 12 meses, a taxa caiu para 4,5%, reforçando o cenário de inflação mais benigna.
O mercado de trabalho também mostrou sinais de perda de ritmo.
A criação de empregos formais somou 85 mil vagas, abaixo das estimativas e em linha com a tendência recente de desaceleração gradual. Após ajustes sazonais, observa-se redução no dinamismo de setores como indústria e comércio, enquanto o segmento de serviços ainda desempenha papel de sustentação, embora com menor intensidade.
No cenário internacional, o índice de preços ao produtor nos Estados Unidos registrou alta de 0,3% em setembro, acumulando avanço de 2,7% em 12 meses — resultados que vieram em linha com o esperado e não apontam para pressões inflacionárias adicionais.
Mercados
No mercado financeiro, a semana foi marcada pela continuidade do movimento positivo no Brasil. O Ibovespa renovou recordes, encerrando o pregão em torno de 159 mil pontos, com alta de 0,45% e acumulando mais de 6% de valorização em novembro.
Já o dólar à vista recuou 0,32% no dia, fechando próximo de R$ 5,33, acumulando queda de 1,23% na semana e 0,85% no mês, o que reflete menor aversão ao risco e liquidez reduzida devido ao feriado prolongado nos Estados Unidos.
Agenda econômica
Para esta semana, a agenda econômica traz divulgações relevantes.
No Brasil, o destaque é o PIB do terceiro trimestre, que será divulgado na quinta-feira (04/12), oferecendo um panorama mais claro sobre o ritmo da atividade doméstica.
Antes disso, na terça-feira (02/12), serão publicados os números da produção industrial de outubro, fundamentais para avaliar a dinâmica do setor.
No cenário internacional, todas as atenções se voltam para os Estados Unidos: na sexta-feira (05/12), será divulgado o núcleo do PCE de novembro, indicador central para a condução da política monetária norte-americana.










