Inflação desacelera novamente em abril, alimentos e saúde pressionam o índice

Em abril, a inflação no Brasil apresentou uma nova desaceleração, embora os custos relacionados a alimentos e à saúde continuem exercendo pressão sobre os preços. Isso resultou em uma taxa acumulada em 12 meses que se distanciou ainda mais do teto da meta em um contexto econômico difícil, especialmente após a recente elevação da taxa de juros pelo Banco Central.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou um aumento de 0,43% em abril, após um crescimento de 0,56% no mês anterior. Os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, apesar da queda na inflação, a taxa acumulada em 12 meses alcançou 5,53% em abril, em comparação a 5,48% em março.

Destaque em abril por sua relevância no índice, Alimentação e Bebidas passou de 1,17%, em março, para 0,82%. Saúde e Cuidados Pessoais também foi determinante, registrando 1,18%, os produtos farmacêuticos exerceram maior impacto, com 2,32% em razão da alta dos medicamentos registrada recentemente. Já as passagens aéreas aparecem como principal influência negativa, com -14,15%, do grupo Transportes.

Assim, a variação anual permanece significativamente acima da meta contínua de 3,0%, com uma margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Quanto à inflação dos serviços, esta também desacelerou, registrando 0,20% em abril, em contrapartida aos 0,62% observados no mês anterior, com os preços das passagens aéreas sendo a principal influência, levando a uma alta acumulada em 12 meses de 6,03%.

O panorama referente ao aumento de preços se mostra desafiador, com um mercado de trabalho aquecido e um real desvalorizado, tornando a inflação de serviços um ponto de atenção. As políticas tarifárias implementadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continuam a ser monitoradas.

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