A inflação divulgada pelo IBGE do mês de novembro foi de 0,39% abaixo do resultado de outubro, de 0,56%, e levemente acima das expectativas do mercado de 0,33%. Em 12 meses, o resultado passou de 4,76% para 4,87%, enquanto a meta de inflação é de 3% com margem de 1,5 ponto percentual.
Com o resultado, a projeção para o índice em 2024 passou de 4,84% para 4,9%, enquanto para 2025 se mantém em avanço de 4,7%.
Em dezembro, é esperado um aumento no IPCA. Esse movimento será impulsionado pela elevação mais acentuada dos preços de produtos industrializados, pela reversão dos descontos oferecidos durante a "Black Friday", pelas pressões sazonais nos preços dos alimentos e pela expectativa de uma redução menos significativa nas tarifas de energia elétrica, mesmo com a implementação da bandeira tarifária verde neste mês.
Quanto ao resultado divulgado, a desaceleração teve como principal fator a queda dos preços administrados. Dentro deste conjunto de preços, observou-se uma acentuada deflação nas tarifas residenciais de eletricidade (-6,27%), com a implementação da bandeira amarela, após a bandeira vermelha 2 no mês anterior. Adicionalmente, observou-se uma ligeira diminuição nos preços da gasolina em novembro (-0,16%).
Nos meses vindouros, será crucial acompanhar a progressão da inflação de serviços, considerando a maior inércia, a combinação de atividade aquecida e baixa ociosidade, além do impacto das pressões inflacionárias de alimentos nos serviços de alimentação. A desvalorização do câmbio e o aumento das expectativas desancoradas também serão elementos a serem observados, podendo levar a uma revisão da projeção para 2025.