IPCA registrou alta de 0,18% em Novembro

O IPCA registrou alta de 0,18% em novembro, abaixo da expectativa de mercado, que projetava um número próximo de 0,20%. O resultado sucede a variação de 0,09% em outubro e leva a inflação acumulada para 3,92% no ano e 4,46% em 12 meses. 

Entre os grupos de maior impacto, destacaram-se Despesas Pessoais (+0,77%), impulsionadas pelo forte aumento em hospedagem devido à COP-30, e Habitação (+0,52%), influenciada pela alta da energia elétrica residencial (+1,27%). Também contribuíram as altas em Vestuário (+0,49%) e Transportes (+0,22%), com as passagens aéreas respondendo por 0,07 p.p. do índice. 

No lado das quedas, houve recuos em Artigos de Residência (-1,00%), Comunicação (-0,20%) e leve queda em Alimentação e bebidas (-0,01%).

Análise:
O IPCA de novembro reforça uma leitura benigna da inflação, por ter vindo abaixo do consenso e mostrar que o processo desinflacionário segue em curso e de forma gradual. A composição do índice — com bens e alimentos ajudando a segurar a alta — indica um ambiente mais organizado para os preços, mesmo com pressões pontuais de serviços e energia. Para a política monetária, o dado fortalece a mensagem de que não há deterioração inflacionária, sugerindo que existe a possibilidade de ao menos um tom menos duro no comunicado sobre a decisão da Selic de quarta-feira (10/12).

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