A semana de 13 a 17 de outubro foi marcada por sinais mistos na economia brasileira e recuperação nos mercados globais. No Brasil, os indicadores mostraram resiliência, ainda que em ritmo moderado.
As vendas no varejo encerraram quatro meses de queda, com alta de 0,2% em agosto, apontando estabilização mais do que retomada. O IBC-Br cresceu 0,4%, abaixo das expectativas (+0,6%), e o setor de serviços avançou 0,1% no mês e 2,5% na comparação anual, mantendo-se como o principal sustentáculo da atividade.
Nos Estados Unidos, o Livro Bege do Federal Reserve indicou mercado de trabalho estável e salários com alta moderada, mas destacou pressões inflacionárias persistentes, o que reforça o cenário de juros elevados por mais tempo.
Nos mercados, prevaleceu o alívio global.
O Ibovespa subiu 0,84% na sexta-feira e 1,93% na semana, retomando os 143 mil pontos, impulsionado pelo otimismo em Nova York. O dólar encerrou a sexta em R$ 5,4055, queda de 0,69% no dia e 1,78% na semana, acompanhando o movimento de enfraquecimento global da moeda americana. Em Wall Street, os índices também avançaram: Dow Jones +1,56%, S&P 500 +1,73% e Nasdaq +2,14% na semana.
O movimento refletiu a redução das tensões comerciais entre EUA e China, a dissipação dos temores com bancos regionais americanos e a melhora do apetite ao risco.
Os principais dados da semana — o IPCA-15 no Brasil e o CPI nos EUA — serão divulgados na sexta-feira, 24 de outubro, e devem definir o tom dos mercados nas próximas sessões.
