O IPCA de julho fecha em 0,26% e soma 5,23% no acumulado.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho apresentou uma desaceleração relevante, registrando alta de 0,26% no mês, abaixo da expectativa de 0,37%, e avanço de 5,23% em 12 meses, frente à projeção de 5,34%. O resultado foi influenciado principalmente pela expressiva queda nos preços de alimentos in natura e bens industriais, com destaque para vestuário, automóveis e produtos eletrônicos. Esses itens, de maior volatilidade, explicam boa parte da surpresa positiva.

Apesar dessa redução, alguns segmentos mantiveram pressão inflacionária. O grupo de preços administrados seguiu em alta, impulsionado pelo reajuste na energia elétrica e pelo aumento nos preços de jogos de azar. Já o grupo de serviços apresentou variação marginalmente superior à do último IPCA-15, puxado por serviços intensivos em mão de obra, como fisioterapia, psicologia e cabeleireiro.

A leitura do resultado indica um quadro inflacionário mais benigno para 2025, abrindo espaço para revisões baixistas nas projeções já nas próximas divulgações do relatório Focus. Esse cenário favorece ativos domésticos e reforça a atratividade de títulos prefixados de curto prazo, diante da possibilidade de redução nas expectativas de inflação e, consequentemente, das taxas de juros.

 

Navegue pelo índice