
A última semana foi marcada pela divulgação de importantes dados econômicos nos Estados Unidos e no Brasil, impactando os mercados globais. Entre os destaques, estão os números do índice de confiança do consumidor americano, dados de inflação nos EUA e os resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) no Brasil, que revelaram um recorde na criação de vagas formais.
Nos Estados Unidos, a confiança do consumidor medida pela Universidade de Michigan apresentou deterioração, refletindo o impacto das incertezas econômicas e das recentes políticas tarifárias adotadas pelo governo americano. Além disso, a inflação americana ficou abaixo do esperado, reforçando as preocupações dos investidores sobre os efeitos dessas políticas na economia do país. O menor otimismo dos consumidores em relação a negócios, finanças pessoais e empregos adiciona um fator de cautela ao cenário econômico global.
No Brasil, os dados do Caged, divulgados na sexta-feira (28/03/2025) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mostraram que o país criou 431.995 vagas de emprego com carteira assinada em fevereiro, o maior saldo da série histórica iniciada em 2020. O resultado superou amplamente as expectativas do mercado, que previa a criação líquida de 250.000 postos de trabalho. Esse desempenho positivo, impulsionado por 2.579.192 admissões e 2.147.197 desligamentos, reforça a resiliência da economia brasileira.
A curva de juros americana reagiu em queda aos dados divulgados, mas esse movimento não foi refletido na curva de juros brasileira, que fechou a semana em alta devido a indicadores de atividade econômica mais fortes do que o esperado.
Nos mercados financeiros, o fluxo de saída de ativos de risco interrompeu a sequência de três semanas de valorização do real frente ao dólar. A aversão ao risco também impactou as bolsas de valores globalmente. No Brasil, o Ibovespa encerrou a semana com queda de 0,33%, apesar de um desempenho positivo acumulado de 9,66% em março. Já os índices americanos S&P 500 e Nasdaq registraram quedas mais acentuadas, de 1,53% e 2,59%, respectivamente, pressionados pelos temores de recessão e inflação elevada devido à guerra tarifária.
Para esta semana, o mercado acompanha atentamente novos indicadores econômicos. No Brasil, serão divulgados os dados da produção industrial de fevereiro, a balança comercial de março e o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). Já nos Estados Unidos, o foco estará nas decisões tarifárias do governo americano, que podem gerar novos desdobramentos para a economia global e os mercados financeiros.
Fique atento às atualizações e acompanhe a evolução do cenário econômico para tomar decisões estratégicas em seus investimentos.