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A dor é o melhor professor.

Economia

Criado em 20 Fev 20

Tempo estimado de leitura: 2 minuto(s)

A dor é o melhor professor.

Voce já deve ter ouvido aquele ditado popular de que o bolso é a parte mais sensível do corpo humano, não é mesmo?

De fato, a dor de perder dinheiro pode representar um grande sofrimento para muitas pessoas, mas ela sempre tem algo a nos ensinar.

Recentemente, os cotistas de fundos de investimentos de debêntures incentivadas (também conhecidos como “Crédito Privado”) passaram por essa experiência e comprovaram, na prática, que retorno passado não é garantia de ganhos futuros. Renda fixa pode sim oscilar.

Muitos fundos desta categoria apresentaram nos últimos meses cota negativa, ou entregaram menos que o CDI atual.

Mas antes de tirar conclusões precipitados, vale esclarecer que o mercado de crédito privado no Brasil não está passando por nenhum problema de solvência. De um modo geral não temos empresas quebrando ou deixando de arcar com seus compromissos.

Podemos até dizer que a qualidade de crédito das empresas melhorou, acompanhando a economia e a queda de juros. O que aconteceu foi um ajuste técnico, envolvendo o preço das debêntures e a liquidez desse mercado.

A boa rentabilidade em um passado recente e a baixa volatilidade causou um aumento da captação desses fundos. Mais de 100 mil pessoas chegaram a esse mercado nos últimos 12 meses, segundo o Ministério da Economia.

Com isso, estes fundos passaram a comprar cada vez mais debentures e o aumento da demanda causou o fechamento do chamado spread de crédito – que é a diferença entre uma referência, geralmente a taxa real de uma NTN-B, e quanto a mais a empresa emissora está pagando. É como um “prêmio” por correr mais risco.

Mas, chegou um momento em que a queda nos spreads de crédito alcançou tal ponto que a relação risco/retorno do crédito privado deixou de ficar atrativa.
Além disso, vários investidores que tinham debêntures mais antigas foram vender seus papéis para garantir a valorização decorrente desse fechamento dos spreads (é a mesma lógica de um título público, se a taxa cai, o preço do papel sobe).

Uma consequência desta grande massa vendedora juntamente a diminuição da demanda foi a queda nos preços desses ativos que passaram a ser remarcados a mercado, refletindo negativamente nas cotas dos fundos.  Isso, por sua vez, gerou a reabertura dos spreads de crédito (lembra que o preço do ativo é inversamente proporcional a sua rentabilidade?)

É como uma bola de neve. Queda nas cotas, resgates dos cotistas, mais venda de papéis pelos fundos que têm de honrar os resgastes, mais queda nas cotas…

E QUAL FOI A GRANDE LIÇÃO APRENDIDA?

O investidor aprendeu com um exemplo prático e real o que significa o tal “risco de mercado” intrínseco nestas alocações. Este é um movimento natural e por isso, além de conhecer o seu perfil de investidor, é preciso levar em conta sua necessidade de liquidez. É importante entender que essa deve ser uma estratégia de investimento de longo prazo. Apesar de alguns fundos de debêntures terem liquidez em poucos dias, eles não podem ser vistos como uma aplicação para emergências.

Agora, se você possui aplicações neste tipo de fundo ou está pensando em investir, fique tranquilo!

Mesmo com a volatilidade recente, essa estratégia tende a agregar muito na diversificação de carteira dos investidores e a expectativa é que a performance volte a melhorar, pois os fundamentos são bons

Escrito por: Sua Saúde Financeira e Investimentos

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