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A volta da TR (Taxa Referencial)

Economia

Criado em 14 Jan 22

Tempo estimado de leitura: 3 minuto(s)

A volta da TR (Taxa Referencial)

Entenda como esta taxa pode influenciar a sua vida financeira

Certamente você já ouviu falar sobre ela. A Taxa Referencial (TR) é um famoso indicador financeiro que compõe a rentabilidade da Poupança e é também usado em alguns financiamentos imobiliários e até mesmo para o cálculo do FGTS.

Em linhas gerais, pode-se dizer que a Taxa Referencial é um fator de correção monetária para investimentos, FGTS e juros dos financiamentos.

Ela foi criada na década de 1990, porém, há alguns anos anda meio esquecida, ou melhor dizendo: zerada. É isso mesmo, desde 2017 a TR está em 0%. O fato é que, com o aumento contínuo da taxa SELIC há uma tendência de elevação da TR nos próximos meses.

Estudo feito pelo Economista e Assessor de investimentos da Unicred Valor Capital, Marcos Laplechade, sinaliza a possibilidade de a TR atingir patamares próximos à 2% a.a. no segundo semestre de 2022.

Para começar, entenda como a TR é calculada:

A TR deriva de uma outra taxa chamada Taxa Básica Financeira (TBF). Por muito tempo a TBF era calculada com base na média das taxas prefixados emitidos pelos bancos nos últimos 30 dias. Mas desde 2018 a metodologia mudou. Agora, ela é calculada com base na média ponderada das taxas dos títulos públicos prefixados do Tesouro Nacional – as LTNs – praticadas no mercado secundário.

A partir desta TBF o Banco Central aplica um redutor e só então chega à TR. Significa que a TR é sempre um pouco menor do que a TBF. 

Por que a TR ficou tanto tempo zerada?

A TR já ficou zerada em vários períodos ao longo da história e mais recentemente, entre outubro de 2017 e novembro de 2021 observamos isto ocorrer.  O motivo se deve ao fato de a TR estar indiretamente atrelada à remuneração dos títulos públicos. Ou seja, quanto menor estão os juros do país menor será a TR.

E a TR pode ficar negativa?

Essa é uma dúvida muito comum, afinal, como o valor final da TR é calculado após a aplicação de um redutor, a queda geral dos juros poderia impactar em um resultado negativo. No entanto, por uma convenção estabelecida pelo Banco Central, sempre que isso acontece ela é zerada. Assim, a TR nunca fica, efetivamente, negativa.

Dito isso, entenda agora como a TR pode impactar nos investimentos e financiamentos:

A TR já foi a principal referência para a atualização monetária de investimentos e contratos, mas com o passar do tempo, outros indicadores assumiram esse papel.

Remuneração da Poupança:

A remuneração da poupança está atrelada à TR. Assim, quando essa taxa aumenta ou diminui, isso tem um impacto direto sobre quanto a caderneta rende. Atualmente, a remuneração da poupança segue uma regra que muda de acordo com o nível dos juros. Então, quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a poupança paga 0,5% ao mês mais a variação da TR. Já quando os juros estão iguais ou abaixo de 8,5%, a remuneração é o equivalente a 70% da Selic mais a variação da TR. Perceba que tanto na poupança nova quanto na antiga, a TR sempre irá influenciar.

FGTS:

Os recursos do FGTS são remunerados à 3% ao ano mais a variação da TR. Portanto, assim como no caso da poupança, quando há uma elevação ou uma redução no valor da Taxa Referencial isso respinga no retorno do FGTS também.

Financiamento imobiliário:

Muitos contratos de financiamento imobiliário tradicionalmente atualizam o saldo devedor utilizando a TR. Assim, além dos juros devidos por quem toma o empréstimo, o saldo devedor também tem influencia da Taxa Referencial. Vale ressaltar que atualmente nem todos os contratos seguem esse modelo. Alguns têm o saldo devedor atualizado por algum índice de inflação, como o INCC (Índice Nacional de Custo de Construção), o IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado) ou até o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Correção dos Títulos de Capitalização:

Antes de tudo vale um esclarecimento:  Os títulos de capitalização não são considerados investimentos, mas sim, um produto atrelado a sorteio de prêmios. E neste tipo de produto, os valores que ficam depositados até o vencimento recebem a atualização monetária pela TR. E justamente por terem esta correção da TR é comum ouvir dizer que os títulos de capitalização “rendem como a poupança”. Mas isto não é verdade.

Percebeu como esta pequena taxa pode influenciar no mercado financeiro? Agora que você sabe de tudo isso, que tal conferir qual é o índice de correção de seu financiamento imobiliário? Converse com seu gerente a respeito e avalie as opções disponíveis.

Informação é tudo para o alcance da liberdade financeira.

Tome suas decisões com consciência.

Escrito por: Sua Saúde Financeira e Investimentos

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