No ano de 2018, os brasileiros viram uma recuperação, ainda lenta, de nossa economia.
Em maio, a greve dos caminhoneiros parou o país, afetando o desempenho da produção e do PIB. Segundo o Ministério da Fazenda, a greve custou R$ 15 bilhões, o equivalente a 0,2% do PIB que é a soma de todos os bens e serviços produzidos pela economia brasileira.
Mas, apesar de ter travado o país, a greve não foi a única responsável pela lentidão na recuperação econômica. As incertezas externas provocadas pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, pelo vaivém da saída do Reino Unido da União Europeia e a tensão do processo eleitoral no Brasil derrubaram ainda mais o resultado do PIB, que deve fechar o ano com crescimento de apenas 1,3%, quase metade do inicialmente estimado. O resultado oficial neste ano, no entanto, só será divulgado em março de 2019.
O mercado de câmbio também foi afetado por esses fatores internos e externos passando por fortes oscilações, principalmente, em razão da alta da taxa de juros nos Estados Unidos. Esta alta fez com que investidores com capital aplicado em países emergentes, como o Brasil, tenham preferido retirar recurso do país e investir em títulos do Tesouro americano, considerados os papéis mais seguros do mundo. Com menos dólares no mercado, o preço da moeda subiu. No acumulado do ano a valorização do dólar no Brasil foi de 17%, com a moeda comercial cotada a R$3,876.
Os efeitos externos e internos também afetaram o principal índice do mercado de ações no Brasil, o Ibovespa. No acumulado, o ano foi positivo para a bolsa brasileira que valorizou 15,03%, aos 87.887 pontos, registrando o terceiro ano consecutivo de alta. Nos doze meses do ano, a cotação oscilou entre 69.068,77 pontos (valor mínimo registrado no pregão de 19 de Junho) e 91.242,22 pontos (valor máximo registrado no pregão de 03 de Dezembro).
Com inflação mais baixa e economia em recuperação gradual, a taxa básica de juros, a Selic, chegou a 6,5%, seu menor nível histórico em 2018 justamente para estimular a retomada do consumo. Isto mexeu com a postura de grande parte dos investidores brasileiros, que acostumados com um patamar elevado de juros mantinham suas aplicações em modalidades conservadoras. O novo patamar dos juros fez com que grande parte desses investidores passassem a buscar rentabilidades em ativos de maior risco. Segundo dados da Anbima, as captação em fundos da classe Renda Fixa apresentaram saída líquida de recursos de R$13,7 bilhões até novembro. Já os fundos Multimercados e de Ações, que apresentam um maior nível de risco, capturaram parte desses recursos – entre janeiro e novembro o aumento foi de R$34,1 bilhões e R$23.432 bilhões, respectivamente.
As projeções do mercado financeiro para a inflação, no entanto, foram certeiras. De acordo com o Boletim Focus, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve fechar o ano em 3,69%, abaixo da meta central estipulada pelo Banco Central para o ano.
Outro tema importante que teve grande repercussão em 2018 foi a piora da situação fiscal do pais com o crescente déficit da previdência social.
Isto contribuiu para um aumento da conscientização da população sobre o assunto, levando ao entendimento da necessidade de se criar poupança complementar à aposentadoria pública. Em 2018 observou-se aumento nas aplicações em planos de previdência complementar.
Por fim, o ano de 2019 promete ser muito bom para a economia brasileira. O novo governo, até o momento, parece estar se preparando para, finalmente, pôr em prática algumas reformas fundamentais para o Brasil.
Com isto, a projeção do Banco Central é que a economia acelere em 2019, com uma expansão em 2,4% do PIB.
Escrito por: Sua Saúde Financeira e Investimentos
