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Devo investir no exterior para fugir da volatilidade atual do mercado brasileiro?

Investimentos

Criado em 25 Jan 23

Tempo estimado de leitura: 5 minutos

Devo investir no exterior para fugir da volatilidade atual do mercado brasileiro?

Investimentos no Exterior

O cenário político interno tem causado uma preocupação em alguns investidores, visto que, apresenta uma predisposição a incentivos fiscais nos próximos anos trazendo maiores gastos do governo, que é visto pelo mercado financeiro como algo não tão promissor.

Então surge a dúvida: “devo investir no exterior para fugir da volatilidade atual do mercado brasileiro?”

Depende. Isso advém das premissas que você irá adotar na escolha dos investimentos, justamente para mitigar os riscos que estarão presentes em sua escolha de diversificação de portfólio.

Vale salientar que as incertezas econômicas não estão apenas no mercado brasileiro. Muitas vezes quando buscamos investimentos no exterior, a primeira coisa que vem na mente do investidor, é EUA. Aos olhos do investidor, dolarizar suas posições parece uma oportunidade atraente. Porém, um dos principais fatores que devemos considerar é justamente a valorização e desvalorização das moedas frente a outras.

Como podemos investir no exterior?

A busca de investimentos no exterior pode acontecer principalmente em função de uma diversificação de portfólio para os investidores. Já a simples exposição ao dólar nem sempre é benigna, dependendo do timming de investimento na moeda estrangeira.

É importante mencionar que a maior fuga de capitais ao exterior é para a moeda norte americana, então deve-se levar em consideração a desvalorização. Por exemplo, se analisarmos os últimos anos, o dólar teve desvalorizações de 6,95% no acumulado de 2021 e de 7,28% em 2022.

O que levar em considerações com essas alegações?

Investir em dólar por si só não é suficiente. Existem algumas estratégias de investimentos no exterior que podem trazer mais praticidade e até segurança para quem busca diversificar em ativos internacionais, como é o caso  dos fundos de investimentos que adotam estratégias neste sentido. Neste caso, devemos entender se estas estratégias estão alinhadas com os nossos objetivos e a forma na qual o gestor deste fundo se protege das adversidades do mercado.

Um outro ponto importante é a tributação. Ao investir no exterior, quando falamos de blindagem patrimonial, devemos levar em conta principalmente a tributação, taxas de juros e cobranças advindas dos investimentos. Existe uma complexidade em manter posições diretamente no exterior e alguns impostos são incidentes, sobre ganho de capital na alienação de bens e direitos e sobre dividendos e sucessão patrimonial e outros rendimentos.

Todo investimento deve ser informado anualmente na declaração de Imposto de Renda (IR), não isentando os investimentos no exterior. Se o valor total do patrimônio no exterior for igual ou superior a 1 milhão de dólares americanos, deve também declará-lo ao Banco Central, pela Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE). O IR sobre os rendimentos no exterior deve ser recolhido pelo contribuinte até o último dia útil do mês subsequente ao do recebimento no exterior, mesmo que o valor não tenha sido transferido ao Brasil.

Quando assunto é sobre aplicações financeiras no exterior, temos que levar em conta diferença tributária. No Brasil os dividendos não são tributados, já no exterior, incidem na tabela progressiva do IR de 0% a 27,5%, os demais ganhos em aplicações financeiras ou juro sobre o capital próprio têm imposto de renda que varia entre 15% e 22,5%.

Investir ou não investir?

Como já mencionamos não se trata exatamente de investir ou não, e sim de como investir. Os investimentos sempre devem estar alinhados aos nossos objetivos, nossa capacidade financeira e disposição ao risco.

O portfólio de investimentos deve sempre buscar diversificação e isso inclui investimentos no exterior. Porém, investir grande parte de nossos recursos no exterior, é um tanto imprudente, tendo em vista o risco de concentração em uma única estratégia no portfólio.

O ideal é que em nosso planejamento financeiro seja estipulado o tamanho de nossas posições em determinados ativos e localidades, seja EUA ou qualquer outro país, as variáveis econômicas devem ser sempre levadas em conta, principalmente os ciclos econômicos.

Panorama geral

A economia no geral tem retroagido de forma cíclica no horizonte relevante da história econômica mundial, segundo a própria teoria dos ciclos econômicos, onde os ciclos de crescimento da economia são artificiais, ao ponto de serem insustentáveis no longo prazo, sendo fomentados por expansões monetárias e creditícias, que sempre são distorcidas por trocas de governo ao longo dos anos. Essas distorções acabam estimulando e proporcionando más alocações de recursos muitas vezes, prejudicando uma expansão de crescimento duradoura, ou seja, muitas distorções podem ser causadas por variáveis exógenas, mas endogeneidade econômica tem grande relevância.

Por isso, é preciso ter em mente que quando partimos para o campo dos investimentos no mercado financeiro, as projeções de longo prazo são apenas projeções, dependem de fatores presentes. Expectativas de longo prazo são baseadas em taxas de curto prazo. E isso é ruim? Não, mas muito do mercado financeiro é refletido de forma abrupta, o que torna o medo dos investidores muito perceptível, gerando diversos efeitos manadas que beneficiam o mercado financeiro como um todo, e saída de recursos para o exterior é uma delas.

Escrito por: Sua Saúde Financeira e Investimentos

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