
Certamente, quando você ouve a palavra “previdência”, associa logo a ideia de aposentadoria, não é mesmo? Mas, as vantagens associadas a este tipo de investimento são inúmeras e pouco conhecidas da maior parte da população.
- Planejamento fiscal:
Diferentemente do que ocorre na maioria dos fundos de investimentos, na previdência não há incidência de “come-cotas” – aquela antecipação semestral do Imposto de Renda que acaba abocanhando parte dos seus rendimentos – e a escolha pela tabela regressiva traz a possibilidade de reduzir o imposto aapenas 10% após o prazo de dez anos. Ou seja, esta é a menor alíquota que se pode chegar em produtos de investimentos tributados. - Planejamento patrimonial:
A aplicação pode ser utilizada como instrumento sucessório, sendo revertida diretamente aos beneficiários escolhidos, sem entrar em inventário e evitando problemas de burocracia. Além disso, em muitos Estados do país, não há incidência do imposto sobre herança (ITMCD) para planos de previdência. - Planejamento financeiro:
O investidor terá nas mãos um dos mais eficientes instrumentos de acumulação de juros compostos no longo prazo, já que a previdência não possui nenhuma forma de tributação durante a fase de acumulação. Isto, atrelado a uma boa performance, fará com que o saldo acumulado seja superior a outras formas de investimentos.
No entanto, a tradição do mercado local é marcada por produtos ineficientes com custos altíssimos e desempenho ruim, em sua maioria, ficando muito abaixo do CDI. Um exemplo disto são planos abertos comercializados por bancos e seguradoras, os famosos VGBLs ou PGBLs, que possuem fins lucrativos e cobram altas taxas de administração e carregamento, o que os torna praticamente incapazes de gerar retornos satisfatórios.
Para evitar cair neste tipo de situação, o investidor precisa fazer as perguntas certas e escolher bem o plano que irá acompanhá-lo por muitos anos.
Existe ainda o viés emocional e imediatista do investidor brasileiro, que precisa vencer a cultura do CDI alto e compreender que no novo contexto econômico retornos satisfatórios exigirão um maior nível de risco ou orientação de longo prazo.
Um outro fator que vem contribuindo para que a previdência complementar ganhe espaço cada vez maior na mídia é a ineficiência do sistema de previdência pública de nosso pais.
Uma alternativa para aqueles que fazem parte de alguma cooperativa, empresas ou entidades de classe é contratar um plano de previdência fechado, pois, diferentemente dos planos abertos, eles não possuem fins lucrativos e normalmente oferecem taxas melhores aos seus participantes.
O fato é que, cada um de nós é o único responsável pelo futuro que estamos construindo, e não devemos terceirizar este compromisso ao governo ou a ninguém.
Pense nisso.
Escrito por: Sua Saúde Financeira e Investimentos