De acordo com o IBGE, a inflação medida pelo IPCA de setembro foi de 0,44%, abaixo da expectativa dos analistas e economistas, de 0,46%. Em 12 meses, o IPCA acumula alta de 4,42%, acima dos 4,24% observados nos 12 meses anteriores.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, dois tiveram maior influência nos resultados de setembro: Habitação (1,80%) e Alimentação e bebidas (0,50%), que contribuíram com 0,27 ponto percentual (p.p.) e 0,11 p.p, respectivamente. Os demais grupos ficaram entre o -0,31% de Despesas pessoais e o 0,46% de Saúde e Cuidados Pessoais.
O gerente da pesquisa do IBGE, André Almeida, destaca a influência da bandeira tarifária da energia elétrica residencial nos resultados do grupo Habitação. “A mudança de bandeira tarifária de verde em agosto, quando não havia cobrança adicional nas contas de luz, para vermelha patamar um, devido ao nível dos reservatórios, foi o principal motivo para essa alta. A bandeira vermelha patamar um acrescenta R$ 4,46 aproximadamente a cada 100 kWh consumidos”, explica. O item exerceu impacto de 0,21 p.p. no índice geral de setembro.
A visão em termos de política monetária continua sendo cautelosa. A desancoragem das expectativas de inflação, que tem se intensificado, os sinais de aperto adicional do mercado de trabalho e o maior dinamismo da economia doméstica ameaçam a convergência da inflação de serviços para patamares mais baixos.
Com isso, é esperado mais dois aumentos de 0,50 ponto percentual na Selic em 2024, levando a taxa a finalizar o ano em 11,75%. Para janeiro de 2025, é esperado mais uma alta de 0,25 p.p. encerrando o ciclo de alta em 12% ao ano. São projetados cortes a partir do segundo semestre de 2025, levando a Selic terminal do próximo ano para 10,50%.
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Escrito por: Unicred Blog